Nicolas Maduro e os Interesses do Imperialismo na América Latina
Por: | 09/01/2025
Por Belarmino Mariano. Estamos vivendo muitas tensões geopolíticas e Nicolas Maduro se encontra no olho do furacão, quanto aos interesses do imperialismo na America Latina. Será que terão coragem de peitar as forças bolivarianas até provocar uma guerra regional? No dia dez de janeiro, o presidente Nicolas Maduro tomará posse para mais um mandato presidencial. Enquanto isso, sofre uma gigante pressão do imperialismo Norte-americano, que tem na Venezuela um gigantesco interesse geoeconômico e geopolítico, por se tratar do maior produtor de petróleo do mundo e fica muito próximo dos EUA. Para se precaver das tentativas de golpe, as forças armadas venezuelanas mobilizaram mais de 1.200 militares, além das milícias chavistas que estão de prontidão para garantir a posse de Maduro. Relembrando que o governo Maduro conta com total apoio dos governos da Rússia, China, Irã e Coreia do Norte, inclusive com ajuda militar e estratégias para a posse e a manutenção do governo venezuelano. A oposição e alguns militares exilados tentam influenciar as forças armadas a romperem com o chavismo, mas a tendência geral é a posse e manutenção do governo Maduro. Essa tentativa de golpe capitaneada pela direita venezuelana que busca o apoio do governo dos Estados Unidos, parece muito com o bolsonarismo no Brasil. Nesse momento político, o discurso do imperialismo Norte-americano é que a Venezuela é uma ditadura e que no país não existe democracia e nem liberdade. Mas apoiam e ameaçam um golpe contra Maduro, inclusive com mais bloqueio econômico aos venezuelanos, tendência que ocorre em vários outros países que não são controlados pelos norte-americanos. Trump tentará ocupar militarmente o Canal do Panamá e esse movimento poderá trazer grande tensão na região. Não sabemos quais os desdobramentos desse ato, mas certamente é a visão de aproximação militar do território venezuelano e da América Latina. Alguns movimentos de esquerda críticos de Maduro, não perceberam ainda que aos venezuelanos não existem outras saídas, pois os interesses do imperialismo nesse território, passa pelo discurso conveniente da democracia, mas o que querem é o controle do petróleo da região. O mais importante nesse momento é entendermos que a questão da democracia, seja na Venezuela, na Europa ou nos Estados Unidos, com Trump e a extrema direita, que já havia declarado que não reconheceria a sua derrota. Não dá para vacilar em relação aos interesses do imperialismo e a sua extrema direita. Os interesses nacionais e geopolíticos na Venezuela, precisam ser protegidos, mas isso não virá da direita e extrema direita daquele país, pois como cadelas do sistema, estão pedindo para os EUA darem um golpe em seu próprio país. Com a geopolítica atual e grandes potências como China e Rússia alinhadas com a Venezuela, a situação política de Maduro e dos venezuelanos é outra. Não será fácil interferir no território venezuelano, como tanto querem. Acho que seria mais fácil o Trump anexar o Canadá do que entrar na Venezuela, pois Maduro já se previniu com acordos militares com as potências rivais do EUA e as disputas geopolíticas ultrapassam os limites daquele país. Trump também terá grande problema se insistir em tentar anexar a Groelândia aos EUA, pois o Reino da Dinamarca já declarou que seus territórios não estão a venda. Trump inclusive já disse que vai fazer bloqueios econômicos contra a Dinamarca. O discurso de liberdade e de democracia dos Estados Unidos é controlar o mundo e para isso, passam por cima de qualquer um. Nesse caso, percebemos que a Democracia é uma falácia, com a IA e com as redes sociais f4sc1st4s interferindo em eleições em diferentes partes do mundo, com as grandes mídias controlando ideologicamente os interesses da extrema direita e dos capitalistas especuldores, não me convencem em nada, sobre a situação da Venezuela. Que Nicolas Maduro assuma seu novo mandato e continue resistindo aos interesses do império e suas bases militares espalhadas por todo o mundo. A extrema direita é antidemocrática e usará as novas ferramentas do imperiasmo para interferir em todo ou qualquer país e governo que queira ser independente. Por Belarmino Mariano. Imagem das redes sociais. Fonte: Brasil de Fato, ICL Noticias, Ópera Mundi, Brasil 247. Leia também: