Analisar não é tão simples assim. Tentar uma justificação é, para além de absurdo, conviver com tais retrocessos, é mergulhar nos porões do anticulturalismo, cultuar torturadores, instigar conflitos, disseminar barbáries e, sobretudo, reestabelecer a odisseia da sociedade estamental. Você sabia que “estamento” é um sistema baseado em privilégios que não se modificam ao longo da vida? Ah! Não, então, acorda, povo! “A história não costuma repetir os mesmos versos, mas eles rimam entre si”. (Mark Twain).
Para o cientista político e professor de Harvard (EUA), Steven Levitsky, um dos fatores de como as democracias morrem, a combinação de crise econômica e escândalos de corrupção, explica, em parte, a descrença em regimes democráticos. "O Brasil é muito fácil de explicar. O país vivenciou a tempestade perfeita nos últimos cinco anos". Vejamos: no Brasil, a imensa maioria (83%) se diz insatisfeita com o funcionamento da democracia, segundo o Pew Reseach, e a polarização no país é recorde: 32% dos brasileiros acreditam que não vale a pena tentar conversar com pessoas que tenham visões políticas diferentes das suas, de acordo com o Ipsos.
Diante do estrangulamento da sociedade, pensar e agir acerca do pendular do processo democrático, a partir de 2018, onde iremos buscar argumentos eficazes e pacíficos para coaglutinar as massas cooptadas pelo vandalismo macabro e antidemocrático que se instalou no Brasil?
Pois bem, considerando-se que a democracia “exige acordo e negociação”, o que podemos esperançar da sua sobrevivência, onde 83% da população se diz insatisfeita? Isso nos remete explicitar o sentimento de que políticos, partidos, representações governamentais e religiosas das mais variadas tendências não estão em sintonia com as pessoas nem resolvendo seus problemas. Essa abordagem tem origem no pensamento da cientista política e professora da Universidade de Colúmbia (EUA), Sheri Berman.
Do que vem antes, penso que para compreender o imbróglio da morte das democracias, obrigatoriamente, temos que conhecer a teoria da paz democrática, inspirada no trabalho de Immanuel Kant, o ensaio sobre a paz perpétua, escrito em 1795. Mas, no pensar, logo, existo, como haveremos de esperançar tal milagre, se a maioria dos homens que governam e legislam são obreiros e defensores ferrenhos da perpetuação de seus clãs familiares e políticos e na manutenção de Status quo? Nessa turbulência avassaladora de polarização, veiculação exacerbada de fake news, formação de organizações criminosas, infelizmente, engendradas nos quadrantes de órgãos de estado, incluindo, parcelas significativas de Políticos, Forças Armadas, Policias Civil, Militares, além de alguns seguimentos de conglomerados econômicos e do agronegócio. Não obstante, não podemos esquecer da grande mídia global e influencers da tecnologia da informação e comunicação, a exemplo de Pablo Maçal. Elon Musk, Mark Zuckerberg, entre outros. Peço vênia, mas tenho repelidas as nossas representações no Congresso Nacional. Oi! “Ainda Estou Aqui”.
Caldas
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