Antonio Caldas
Antonio Caldas
Antonio Caldas

O sonho que não sonhei

Por: | 27/02/2025

 

 

O sonho que não sonhei, guardei num cofre esquecido. Em tempos despercebidos que passam sem a gente ver, noites frias, madrugadas, palavras em tons desconexos, simples que se tornam complexos, homens, monstros desonestos, acusações, dossiês. Gente perdida nas noites sem o clarão do luar, inconsciências desnudas que vão e vêm sem parar, prenúncio de uma hecatombe, catacumbas seculares.

 

 Paranoias em ascensão, circundando continentes, conflitos bélicos guiados, dizimando inocentes, tragédias arquitetadas, guerra fria iminente. Doutrinas loucas e apressadas mordendo a história por dentro, agiotagem econômica, conflitos sem precedentes, homens molestando homens, taxas de juros excludentes.

 

A bem-dizer, o título, o sonho que não sonhei, guardei num cofre esquecido, é meio que uma compreensão metafórica, prenúncio da fúria imaginária do senso não comum que se precipita na edificação de um modelo mental, comportamental e comercial que afronta tratados históricos entre nações civilizadas, com a anuência de álibis de grandes conglomerados e oligopólios econômicos, ao ponto de mistificar a barbárie do construto da limpeza étnica.


Caldas


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