May Cirilo
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May Cirilo

Maracatu de baque

Por: | 21/01/2024

Traduzir o maracatu de baque virado em palavras é um grande desafio. Afinal, convenhamos que o som é para ser sentido e não explicado. Porém, é muito importante reconhecer que essa linguagem é Patrimônio Cultural Imaterial do nosso país e merece o seu devido reconhecimento.


No sentido etimológico da palavra, ritmo vem do grego rhythmós e significa movimento regular, ou seja, o pulso constante, que, segundo Mestra Joana, se assemelha “a batida do coração” – um pulsar forte, ora lento, ora acelerado, e em alguns momentos, o “baque é virado”.


A característica que também nomeia o maracatu nação, é o momento que os integrantes do grupo executam o baque de forma diferenciada dos demais, quando alguns tambores “dobram” a base rítmica da percussão e fazem o que chamam de viração. Uns tambores seguram “o compasso da marcação”, enquanto outros, ao mesmo tempo, “viram” a batida percussiva. Tudo isso acontece numa harmonia singular e ao mesmo tempo plural, por isso, talvez, não consiga encontrar tradução, pois o maracatu não se explica.


Vale ressaltar que existem particularidades que também são canções entoadas em diversas manifestações da cultura popular. No maracatu, a toada (ou loa) corresponde a um canto alternado entre solista e coro, preservando características dos cantos e textos africanos.“MESTRA JOANA “ na sua pesquisa   e prática no MARACATU BAQUE MULHER em nossa capital paraibana


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