No Bar de Fernando. Lugar quieto, ecológico, silencioso. Poucos o frequentam. Gosto disto. A comida é uma fábula. Tudo me parece presencial e corpóreo. Se existe um mundo digital, este mundo passa ao largo do Bar de Fernando. Música a pedido. Da melhor. Fernando é meio artesão e meio mágico. Parece possuir a sabedoria dos inocentes. James, seu assessor etílico e existencial, lembra-me um daqueles aéreos personagens de Win Wenders. Sou habitué, aos sábados, dia de descanso e esperança. Sento-me à sombra, fico bebericando o licor das lembranças e o conhaque das ideias, na aflição prazerosa de mais um poema.