Mirtzi Lima Ribeiro
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Mirtzi Lima Ribeiro

A vida não é um jogo

Por: | 23/03/2024

 



Mirtzi Lima Ribeiro 



Esta semana entre notícias de fatos danosos à dignidade humana, alguns tentam banalizar ou normalizar ações bizarras, inescrupulosas e até  monstruosas.


A vida não é um jogo, mas, alguns jogam com a vida dos outros ou de uma coletividade, e, ainda querem se safar com desculpas, meias-verdades, confusão, articulação de interesses duvidosos, dissimulações, apenas para “se dar bem” ou para auferir algum benefício.


Já outros querem que os demais pensem como eles, que adotem as mesmas ideias, sem prestar atenção ao detalhe de que elas só contemplam um lado da questão: de quem quer vantagem sobre os outros.


São ações parciais e equivocadas: dar aval incondicional para atitudes desumanas ou de simulação de normalidade de desvios de caráter, de civilidade ou de crimes.


Refiro-me, entre outras coisas:


1) às práticas de prevaricação ou até mesmo de depredação premeditada de bens públicos, notadamente os símbolos da nação;


2) às tentativas de descredenciar as instituições basilares do país;


3) às ações de dar consecução a golpes de Estado, como se isso não fosse crime;


4) ao estupro individual ou coletivo contra mulheres que se encontravam indefesas no momento do brutal ataque;


5) aos carimbos indiscriminados pejorativos sobre pessoas, que passam a ser o objeto de ódios insanos e fixos.


Ao ver e ler esse tipo de coisas anormais, sob quaisquer pontos de vista, compreendemos as densas trevas que povoam o imaginário de quem referenda tais obscuridades em pleno Século XXI.


Civilidade se constrói com o respeito ao próximo, aos interesses difusos de todos os cidadãos e cidadãs, e, às instituições basilares de uma nação.


O fórum para corrigir lacunas nos sistemas não é querendo derrubar governo eleito pelo povo, nem vociferando nas redes sociais, nem nos aplicativos de mensagens, atualmente repletos de mentiras. Sim, “fack news” é um nome romantizado para mentiras deslavadas ou informações deformadas, plantadas com fins tenebrosos e absurdos.

Também não deve ser alvo impositivo de uma pessoa sobre a outra. 


A essa altura da vida, os esclarecidos, que leem para se inteirar dos fatos por completo e não apenas de um lado da questão, que refletem sem pré-julgamentos, têm maior clareza para compreender sobre o que está dentro da lei, do senso moral, do que é bravata, do que é falso e do que é verdadeiro.


Discursos de ódio não são bem-vindos para uma mente clarificada e que raciocina pela lógica e pelos fatos reais. 


Está na hora do brasileiro optar por largar o lado sombrio, aceitar que deve abandonar os enganos que abraçou e verificar onde está a razão e o “dever ser”. Ou seja, aquilo que uma consciência limpa e dentro do princípio da razoabilidade, enxerga como lógico, óbvio e dentro de padrões saudáveis para a humanidade.


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