Mirtzi Lima Ribeiro
Enquanto homens e mulheres nessa era descartável procuram rostos, corpos e aparências, apenas estão evidenciando que seu enfoque está na periferia tanto da compreensão quanto dos excelsos significados.
O mundo contemporâneo, em plena distopia, se mostra um mix da superficialidade com o que é fugaz, valoriza uma beleza fabricada e a exposição de intimidades que se auto banalizam e mercantilizam.
Associa-se a isso muita informação distorcida, não processada, ou mesmo, assimilada às avessas, o que as tornam tóxicas e encaminham à ignorância e obtusidade.
Os adeptos da aparência artificial se iludem, achando que admiram uma beleza verdadeira. Os que se viciaram em procurar a exposição de corpos alheios nus, seminus ou em poses provocativas, se enganam voluntariamente, pensando que demonstram bom gosto por formas corporais publicamente à mostra, mas, são meros expectadores de uma luxúria e uma desconexão que apenas ressalta o fato de que estão destituídos de substância com valor.
Os que assim se exibem, podem ser enquadrados em duas categorias principais: aqueles que não sabem o que estão fazendo e seu propósito é apenas se mostrar e angariar seguidores em redes sociais com suas carnes à mostra (por autoafirmação e falta de amor próprio), ou, pessoas que usam desses meios para vender em aplicativos algum tipo de sexo virtual, com as mais variadas mulheres e homens, em posições e performances inusitadas, em franca vulgaridade.
Essas pessoas são detentoras de problemas psicológicos enrustidos ao se venderem desse modo. Por outro lado, os que compram deles isso que oferecem, também estão em desencontro interior e imersos numa vida pautada em falsos valores ou em equívocos.
A vida não é depravação e não se reveste de banalização ou desvalorização do ser humano como mercadoria.
Muitas pessoas que se deixam levar por essa ‘onda’ de degradação, perdem valioso tempo que poderia ser usado em coisas mais profícuas, significativas e em distrações mais construtivas, que geram real ganho em suas vidas e em interação saudável com a família e amigos.
Estas criaturas estão fechadas em ‘bolhas’ que abrigam gente desconectada da verdadeira vida e alheias quanto a si mesmas.
Já aqueles que seguem a desinformação, os clichês, ou ainda, as palavras soltas de parco saber, estão contribuindo para tornar o cenário geral, um lodo de inteligências tacanhas.
Ainda bem que, ao menos, um terço da população mundial já se deu conta desse torpor e frivolidade azeda, se autoeducando para aderir a valores mais engrandecedores, desenvolvendo mentes abertas ao despertar interior, ao mergulho em si mesmos para profundas reflexões, e, à essência de todas as coisas.
Ao contrário do que foi descrito quanto aos desconectados, a vida desse outro grupo de pessoas é inspiração, desenvolvimento pessoal continuado, adequadas relações pessoais e institucionais, um olhar para o outro de modo digno, além da construção de ideais que visem à inclusão dos desassistidos, dos talentos que precisam aflorar em benefício da humanidade, da sociedade em que é pungente alavancar para um novo nível de compreensão. São vidas com valor e honradez, cuja alegria e existência apresentam os reais e verdadeiros valores humanos.
Este segundo grupo de indivíduos, são os seres humanos que iluminarão o caminho da sociedade para um novo patamar de compreensão, de vida organizada, de novos padrões de pensamento, e, que colocarão a vida humana em níveis mais elevados e de expansão da consciência.
(Adaptado de texto meu, escrito em 05/06/2021 e publicado na plataforma scribd em PDF)
Todos os campos são obrigatórios - O e-mail não será exibido em seu comentário