O candidato Guilherme Boulos, da coligação Amor por São Paulo (federação PSOL/Rede, federação Brasil da Esperança — Fé Brasil, composta por PT, PC do B, PV, e PDT), ficou com 40,65% dos votos válidos (TSE, 27/10/2024).
Dos mais de 15,5 milhões de votos da Capital paulista, quase 6,5 milhões de eleitores não foram votar, anularam ou votaram em branco. Ou seja, esse número é próximo dos 5,6 milhões de eleitores da cidade do Rio de Janeiro, segundo maior colégio eleitoral das capitais do país.
Esse é o resumo local de uma eleição predominante em quase todo o país, ao exemplo do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte e Salvador, entre a maioria das grandes capitais e dos grandes centros urbanos, em que o Centrão canalizou esse jogo de alianças a Direita e centro direita.
No caso de São Paulo, o Ricardo Nunes, conseguiu maioria em todas as regiões de São Paulo, com maioria absoluta nas grandes periferias urbanas, áreas que absorveram fortemente as fakes news contra o candidato Guilherme Boulos, muito atacado desde o primeiro turno, inclusive pelo Pablo Marçal (PRTB), em regiões comandadadas pelo narcotráfico e PCC.
Nesse caso, a vantagem da centro direita paulista, contou com todos os tipos de apoios, capazes de derrotar um candidato de esquerda mais uma vez. E não era qualquer candidatura, pois Boulos tem uma larga tradição, bem mais a esquerda, do que a centro esquerda mais moderada.
Então, basta relembrar que a ideia da Direita e extrema direita era eliminar Boulos (50), já no primeiro turno, daí os fortes e sujos ataques contra a pessoa política de Boulos, muito bem arquitetadas por Pablo Marçal (PRTB), que chegou a ameçar o próprio candidato do Centrão.