Companheiros e companheiras, lutar pela dignidade ética do nosso povo é um princípio basilar. A humanidade está, paulatinamente, delapidando a capacidade argumentativa da paz, harmonia, respeito e da fraternidade. Parcelas significativas da sociedade estão sendo escravizadas em nome de um simbolismo esdrúxulo e cego”. Crianças, adolescentes, jovens e adultos estão sendo recrutados por falsos líderes e profetas saqueadores da moral e dos bons costumes. O que dizem esses profetas? O que simboliza suas profecias? Por que enveredaram pela proposta norteadora de um moralismo ortodoxo, conservador e excludente? Cisma?
Há milhões de crianças e jovens nas sarjetas da prostituição infantil, comercialização de sexo prematuro em larga escala, até quando? Ao longo da dilatação de um período deplorável da ascensão da anarquia anti-civilização, clãs partidários se organizam em forma de castas para perpetuação do status quo. Viés político que, ao arreganho do processo civilizatório, manobra as massas e escraviza consciências. Por que razão estamos equidistantes desta realidade? Por que não temos assentos equitativos aos meios de produção? Acesso à excelência da educação, saúde, segurança alimentar, cultura, lazer, etc.? Teoricamente, cerca de 60% da massa ativa trabalhadora brasileira é assalariada, aprisionada pela lógica perversa do mercado financeiro. Homens transformados em robôs humanos, sequelados pela força excludente do vil mental.
O contexto me expõe evocar homens e mulheres para, em caráter célere, refazer uma leitura minuciosa e critica acerca da ausência do estado nas grandes tomadas de decisões, mitigação de recursos éticos morais e financeiros que, possam subsidiar equidade social propositiva em benefício de todos os estratos que consolidam nossa base piramidal. Seria indigno da nossa parte não questionar, a título de controle social, o exagero de concessões filantrópicas a Instituições de Ensino Privado, com margens de lucros exorbitantes. Porém, praticamente, sem a mínima transparência pública. Finalmente, por que não reagimos?
Peço vênia, mas imputa-me expor que o parlamento brasileiro se transformou num antro de anarquia política, organização corporativa e alto rentável para seus pares. Homens incultos de experiências, leigos de consciência cívica e usurpadores da dignidade de outrem. Senhoras, senhores! Há de haver tempo para educar, espaço para refletir, lições para se aprender e, sobretudo, ideias para mediar conflitos. Meus amigos, minhas amigas! Lembrar que os coronéis de outrora repousam nas suas catacumbas, mas seus seguidores ainda materializam o domínio de suas profecias escravocratas. Aos homens e mulheres dos guetos, das palafitas e de outros tugúrios sociais, expresso-me veementemente assim: liberdade ainda que tardia.
Caldas
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