Nunca quis ser, nunca sou nem nunca serei uma unanimidade. Nem para o bem nem para o mal. Errei muito no passado, erro sempre no presente e errarei, decerto, no futuro. Sei muitas coisas, mas sei muito menos do que mais. Sei que outros sabem coisas que eu não sei. Tenho limites, falhas, rasuras. Cometo equívocos. Agrado a uns; a outros, não. Tento fazer o melhor possível e nem sempre consigo. Não morro por isto. Também não me considero uma singularidade absoluta. Não possuo o dom da plenitude, a aura da perfeição, a graça permanente da piedade. Sou inquieto, ansioso e impaciente. Às vezes, não me compreendo bem. Não sei, ao certo, quem sou. Só sei que nunca abdico de mim.