As ruas de importantes cidades de Israel foram tomadas por manifestantes pedindo a libertação dos reféns na Faixa de Gaza e a destituição do governo de extrema-direita
Publicado 01/04/2024 09:53 | Editado 01/04/2024 10:08
Dezena de milhares de manifestantes protestaram, neste domingo (31), na frente do Knesset, o Parlamento israelense, em Jerusalém, contra a coalizão de extrema-direita que lidera o país na guerra contra a Palestina.
Foram os maiores protestos desde o 7 de outubro, dia em que o Hamas deflagrou a operação tempestade Al-Aqsa. Protestos também foram registrados em Jerusalém, Tel Aviv, Cesareia, Raanana e Herzliya.
Os manifestantes exigem:
Os protestos foram liderados por uma coalização de movimentos anti-governo Netanyahu. Entre eles, a Força Kaplan e os Irmãos e Irmãs em Armas, que já atuavam desde janeiro de 2023 em protesto contra a ampla reforma judicial alçada pelo primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, e pela sua então recém-eleita coligação de partidos de extrema-direita e ultra-religiosos.
Tel Aviv já vinha sendo palco de manifestações semanais que pedem que o governo chegue a um acordo de cessar-fogo para libertar os reféns mantidos em Gaza desde outubro.
Em Jerusalém, a multidão se estendeu por quarteirões ao redor do Knesset. Os manifestantes clamavam ao governo para cancelar o próximo recesso parlamentar e realizar novas eleições, quase dois anos antes do previsto.
O movimento planeja quatro dias de comícios e atividades em Jerusalém nesta semana, incluindo a participação do ex-primeiro-ministro Ehud Barak, que organizou e implementou a retirada unilateral do exército de Israel do sul do Líbano, em março de 2000.
Os manifestantes querem que Israel troque os reféns por prisioneiros palestinos. O objetivo, segundo o Fórum de Reféns e Famílias Desaparecidas, é que o Knesset pressione o governo e exija a destituição de Netanyahu.
Dirigindo-se aos manifestantes no domingo, o líder da oposição Yair Lapid proclamou que tudo o que importa para Netanyahu é permanecer no cargo, acusando o primeiro-ministro de se concentrar mais em manter os seus parceiros de coligação felizes do que em ajudar os cidadãos afetados pela guerra.
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