Não sou adorador de coisas, inútil ao capitalista.
Cedo, senti meu lado coisa. Principalmente depois que ajudei a vestir um cadáver.
Ele me deu medo, mas provocou inspirações e expirações artísticas interessantes. Como fez com a turma da Disney na produção de "Se meu fusca falasse" e tantas outras obras onde artistas dão vida às coisas, alma; como num desenho animado da referida empresa e seus herdeiros.
Lamento que meu Fiat não fale pra contar de nossas aventuras durantes os 16 anos ao longo do longo caminho que percorreu nos levando mais rápido ao futuro. Um futuro nem sempre bom, é verdade, quase nunca ruim mas tão momentâneo quanto as paisagens que vi quando, recentemente, com fé no que sei que podíamos (e a Vida permitiria), fui com uns amigos à Teresina e voltei com ele.
Porém, as "coisas" da Vida têm curto prazo pra isto ou aquilo e só sabe Ela o que quer promover na armação de sua teia "perfeita". Porque fui pra lá, mais além e de volta enfrentando as "inconsequências" dos irresponsáveis, o perigo natural dos aventureiros e nada me aconteceu - ainda que eventualmente tivesse que ultrapassar caminhões pouco antes do início de uma subida, quando ia a 120 km.
Mas eis que "as coisas da Vida" acontecem, e então meu velho companheiro de 16 nos de estradas e estadas amanhece assim, quando, como eu dizia pra justificar sua má aparência versus seu bom desempenho, ele somente precisava ir à manicure.
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